Á R I D O


Como um campo de grama seca que clama pela chuva , eu clamo pelo porquê. 
Tanto aquilo que me mata como aquilo que me faz querer viver. 
Como pólvora que clama por fogo, eu clamo por aquilo que não sei. 
Um eterno não sei o quê 
Não sei pra quê 
Não sei por que. 
Como acelerador que clama por pressa, clamo pela explicação do inexplicável.  
Tanto aquilo que eu sinto, como aquilo que me faz sentir. 
Como a pergunta que clama por resposta, a vírgula por ser continuada, a exclamação jamais lida na entonação correta! 
Eu sou tudo aquilo que se tenta e não se obtém sucesso. 
Tantos sinto muito.
Tantos fica pra mais tarde. 
Tantos… tantos. 
Como o texto que pede continuação, mas simplesmente… 
Acaba.

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